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2012 - Livro Vermelho 2013

Castelnavia multipartita Tul. & Wedd. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 26-04-2012

Criterio:

Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Castelnavia multipartita caracteriza-se por ervas aquáticas. Endêmicado Brasil, ocorre nos estados do Pará, Mato Grosso e Goiás. Encontrada nosbiomas Amazônia e Cerrado, onde desenvolve-se em floresta ombrófila densa evegetação aquática. Apresenta EOO de 501.749,723km². Amplamente distribuída nosestados de ocorrência. Não ameaçada no território nacional (Bove, C.P., com.pessoal).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Castelnavia multipartita Tul. & Wedd.;

Família: Podostemaceae

Sinônimos:

  • > Castelnavia fimbriata ;
  • > Castelnavia lindmaniana ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita em Ann. Sci. Nat. Bot., sér. 3, 11: 110. 1849.

Distribuição

Espécie ocorre nos estados do Pará, Mato Grosso e Goiás (Bove, 2012).

Ecologia

Caracteriza-se por ervas, aquáticas (Bove, 2012); floresce, provavelmente, nos meses de Junho e Julho (Philbrick et al., 2009).

Ameaças

1.1 Agriculture
Detalhes A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. A partir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25ton/ha/ano. Aproximadamente 45.000km2 do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130ton/ha/ano. O amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dos ecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmente limpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogon gayanusKunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf,Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e Melinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagens plantadas (cerca de 250.000km2 - uma área equivalente ao estado de São Paulo) está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzida cobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes O modelo tradicional da ocupação da Amazônia tem levado a um aumento significativo do desmatamento na Amazônia legal, sendo este um fenômeno de natureza bastante complexa, que não pode ser atribuído a um único fator. As questões mais urgentes em termos da conservação e uso dos recursos naturais da Amazônia dizem respeito à perda em grande escala de funções críticas da Amazônia frente ao avanço do desmatamento ligado às políticas de desenvolvimento na região, tais como especulação de terra ao longo das estradas, crescimento das cidades, aumento dramático da pecuária bovina, exploração madeireira e agricultura familiar (mais recentemente a agricultura mecanizada), principalmente ligada ao cultivo da soja e algodão. Esse aumento das atividades econômicas em larga escala sobre os recursos da Amazônia legal brasileira tem aumentado drasticamente a taxa de desmatamento que, no período de 2002 e 2003, foi de 23.750 km2, a segunda maior taxa já registrada nessa região, superada somente pela marca histórica de 29.059 km2 desmatados em 1995. A situação é tão crítica que, recentemente, o governo brasileiro criou um Grupo Interministerial a fim de combater o desmatamento e apontar soluções de como minimizar seus efeitos na Amazônia legal (Ferreira et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.2 National level
Observações: Aespécie consta no anexo II da Instrução Normativa nº 6, de 23 de Setembro de2008 (MMA, 2008) sendo considerada uma espécie com Dados Deficientes (DD) paraa avaliação de risco de extinção.

1.2.1.1 International level
Observações: Considerada Least Concern (LC) (IUCN 2011. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2011.2. <www.iucnredlist.org>. Downloaded on 10 April 2012).

Referências

- TIPPERY, N.P.; PHILBRICK, C.T.; BOVE, C.P.; LES, D.H. Systematics and Phylogeny of Neotropical Riverweeds (Podostemaceae: Podostemoideae)., Systematic Botany, v.36, p.105-118, 2011.

- BOVE, C.P. Castelnavia multipartita in Castelnavia (Podostemaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB032385>.

- PHILBRICK, C.T.; BOVE, C.P.; EDSON JR., T.C. Monograph of Castelnavia (Podostemaceae)., Systematic Botany, v.34, p.715-729, 2009.

- KLINK, C.A.; MACHADO, R.B. A conservação do Cerrado brasileiro., Megadiversidade, p.147-155, 2005.

- FERREIRA, L. V.; VENTICINQUE, E.; ALMEIDA, S. O desmatamento na Amazônia e a importância das áreas protegidas., Estudos Avançados, v.19, n.53, p.157-166, 2005.

- PHILBRICK, C.T.; BOVE, C.P. Castelnavia multipartita in In: IUCN 2011. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2011.2. Disponivel em: <http://www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/201661/0>. Acesso em: 10/04/2012.

Como citar

CNCFlora. Castelnavia multipartita in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Castelnavia multipartita>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 26/04/2012 - 17:52:49